segunda-feira, outubro 19, 2009

Pai nosso, Pai meu


Antes da vinda do Senhor, a idéia de Deus ser pai de um indivíduo era algo muito estranho. Para os judeus do Antigo Testamento, Deus era no máximo "Pai da nação de Israel", ou seja, o Criador da nação de Israel, mas nunca "meu pai". Era muito íntimo, era muito próximo, era blasfêmico se identificar com Deus, assim, dessa forma.

No Antigo Testamento não existem referências a Deus como pai de um indivíduo só. Ninguém no AT ousou usar o termo "Pai" ao dirigir-se a Deus. Por isso não encontramos tais referências nos Salmos, nos profetas, ou nas narrativas dos Patriarcas.

E fazendo uma releitura dos Evangelhos, a impressão que se tem é que o Senhor evitou referir-se a Deus como Pai na presença de estranhos. Jesus só usava o termo Pai na compania de pessoas mais próximas. E quem sabe, talvez, por ser considerado uma blasfêmia que alguém se chamasse de filho de Deus, nós vamos perceber que Deus fez questão de bradar do alto que "Jesus era o Seu Filho amado". Isso aconteceu em duas ocasiões chaves: em seu batismo - antes do início do seu ministério - e no monte da transfiguração - onde alí, também, recebeu testemunho da Lei (Moisés) e dos profetas (Elias).

Sabemos que a revelação de Deus foi progressiva. O Senhor foi Se revelando aos poucos, no decorrer da história, de Gênesis a Apocalipse. E a revelação que Deus havia nos dado no AT era, na sua maioria, acerca da Sua essência e não da Sua identidade. Deus, no AT, havia Se revelado como o Criador, como o "Eu Sou o que Sou", o Deus Provedor, Eterno, Majestoso, Poderoso, Misericordioso, Justo, Salvador, mas a revelação da Sua identidade, o CLÍMAX da revelação de Deus, isso Ele deixou para o Messias revelar.

Foi Jesus quem nos revelou a identidade de Deus. Foi Jesus quem nos revelou que Deus era Pai. O Pai nosso. O Pai que, também, é meu. Íntimo, particular, próximo, acessível.

É aqui onde encontramos uma das principais diferenças do cristianismo em relação às outras religiões monoteístas. Nós somos os únicos que, ao nos aproximarmos de Deus, nos aproximamos chamando-Lhe de Pai!

Não é pouca coisa o nosso privilégio de chamá-lo assim. Isso custou tudo o que Deus tinha de mais precioso! Sem Jesus não seria possível conhecer a Deus como O conhecemos.

E um detalhe precioso. Nos Evangelhos percebemos que o Senhor, todas as vezes que se dirigia a Deus, dirigia-se a Ele chamando-Lhe de Pai. De forma direta ou indireta, todas as vezes que Jesus se dirigia a Deus, ele Lhe chamava de Pai. Chegaram a contar quantas vezes Jesus usou o termo "Pai", e o número aproximado é de 270 vezes.

270 vezes Jesus usou o termo ao dirigir-se a Deus.

Mas uma só vez, apenas uma só vez o Senhor não fez uso do termo "Pai" ao se dirigir a Deus, e isso aconteceu na cruz do Calvário. Alí, Jesus em alta voz, disse: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?"

E eu pergunto a você: Por que Deus, na cruz, o abandonou? Por que Deus abandonou o Seu único e amado Filho?

Porque se não, Ele teria de ter abandonado a você. Naquele momento, ou Ele abandonaria a Jesus, ou te abandonaria.

Pra que Deus pudesse ser Pai na sua vida, Deus teve que ser Deus na vida do Filho! Alí, na cruz do Calvário, Jesus trocou de lugar com você pra que Deus Pai pudesse te chamar de filho(a). Pra que Deus não tivesse que ser Deus sobre a sua vida, Deus teve que ser Deus sobre a vida de Jesus, e assim, fazendo possível a sua adoção.

Não é pouca coisa o nosso privilégio de sermos chamados de filhos de Deus! Custou tudo o que Deus tinha de mais precioso... Ele deu tudo pra poder ouvir dos seus lábios e do seu coração: "Aba... Pai".



quinta-feira, outubro 15, 2009

Foi uma vez na África

Trazendo à lembraça momentos de adoração em Moçambique, no continente Africano.

Saudades perturbadoras...

Vamos?

terça-feira, outubro 06, 2009